CORRETORES NÃO RECEBERAM PLANTA DO PRÉDIO DO MPSC PARA FAZEREM AVALIAÇÃO
Corretores de imóveis que fizeram a avaliação do terreno com prédio a ser construído para o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) prestaram depoimentos na sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito desta terça-feira (01), na Assembleia Legislativa. Para fazer o levantamento de preço do imóvel de R$ 123 milhões, sem licitação, apenas uma profissional teve acesso ao memorial descritivo do projeto.
Durante a última reunião da CPI que investiga o contrato para a nova sede do MPSC quatro corretores foram ouvidos. Os profissionais revelaram não terem entrado no terreno, localizado na rua Bocaiúva, no centro de Florianópolis, para realizarem os relatórios, mas que, na época, as árvores centenárias que existiam no local ainda não haviam sido derrubadas. Apesar disto, todos afirmaram também, não saberem das restrições ambientais da área. Os corretores que são inexperientes em contratos deste porte concluíram que a obra custaria cerca de R$ 170 milhões, tendo como base apenas a pequisa em empreendimentos similares.
O contato para que os profissionais fizessem a avaliação partiu do empresário Paulo Becker, no final de novembro do ano passado. Para o deputado Jailson Lima, relator da CPI, já é possível perceber problemas na transação. "Uma série de descaminhos podem ser notados. Tivemos hoje quatro avaliações, todos sem utilização de normas técnicas e alguns corretores sem nem ao menos formação específica", declarou o parlamentar.
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