FUNDAÇÃO MAPFRE apresenta 5º livro da
Coleção História do Brasil Nação
Com a participação de renomados pesquisadores, volume encerra projeto que analisa período de mais de 200 anos da história do país.
Com o lançamento do livro Modernização, Ditadura e Democracia – 1964-2010, a FUNDAÇÃO MAPFRE encerra a coleção História do Brasil Nação: 1808-2010 – uma iniciativa que integra o projeto América Latina na História Contemporânea, desenvolvido em mais nove países: Argentina, Chile, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, México, Peru, Portugal e Venezuela.
Último volume da coleção, a obra analisa as profundas transformações que ocorreram de 1964 até o fim da primeira década dos anos 2000, passando pela ditadura militar e o processo de redemocratização iniciado nos anos 1980. Sob a coordenação de Daniel Aarão Reis, o livro é resultado do trabalho de cinco renomados pesquisadores: Herbert S. Klein, Francisco Vidal Luna, Francisco Carlos Teixeira da Silva, Paul Singer e Marcelo Ridenti.
“Um dos objetivos da FUNDAÇÃO MAPFRE é investir em projetos culturais de qualidade, que permitem levar arte e informação a uma parcela da população cada vez mais ávida por ampliar o seu repertório cultural. Graças ao trabalho desenvolvido pelos autores, coordenadores e demais envolvidos, este material certamente se consolidará como fonte obrigatória para auxiliar na compreensão da história do nosso país”, reflete Wilson Toneto, presidente do Grupo MAPFRE no Brasil.
Sob a coordenação da antropóloga e diretora do projeto, Lilia Moritz Schwarcz, a coleção brasileira é composta por cinco volumes, produzidos com a participação de 27 renomados autores brasileiros, que pela primeira vez atuaram juntos em um mesmo projeto. Os livros são coeditados pela Editora Objetiva.
“Com a coleção História do Brasil Nação, apresentamos e divulgamos uma visão abrangente, e ao mesmo tempo rigorosa e acurada, dos grandes acontecimentos e processos históricos que marcaram as repúblicas latino-americanas desde a independência, ressaltando suas particularidades e articulação com a história americana e europeia dos dois últimos séculos. No caso brasileiro, iniciamos essa verdadeira viagem a partir da chegada da corte portuguesa ao Brasil e alcançamos quase o momento presente, de maneira a acompanhar o processo singular pelo qual o nosso país foi “se fazendo” como nação”, comenta.
“A experiência de trabalhar com um grupo tão importante de coordenadores e autores fez com que esse longo percurso que completa agora quatro anos virasse uma estrada de destino certo. Enfim, uma coleção informativa, crítica e ao acesso de todos”, destaca Lilia Moritz Schwarz.
Sobre a coleção
Crise colonial e independência | v.1 | 1808-1831
Alberto da Costa e Silva (coordenador)
1808 desfaz a antiga condição colonial brasileira: diante da eminente invasão napoleônica, d. João e sua corte aportaram no Brasil, migrando a sede do Império português para a América. Poucos anos depois, Pedro I proclama a independência, rompendo os laços com Portugal. 1831 encerra o ciclo: Pedro I abdica do trono, deixando como herdeiro seu filho de cinco anos. Um momento histórico como esse, repleto de eventos fundadores da nacionalidade brasileira, suscita questionamentos até hoje. Para tal, cinco renomados historiadores oferecem ao leitor um rico painel desse agitado e complexo Brasil oitocentista.
A construção da nação | v.2 | 1831-1889
José Murilo de Carvalho (coordenador)
O volume analisa um período marcado pela consolidação dos estados nacionais na América, investigando as particularidades desse processo no Brasil. O retorno do imperador à Europa marcou um difícil momento na vida política nacional. O período regencial (1831-1840) foi marcado por lutas, insurreições e guerras civis separatistas. A antecipação da maioridade de d. Pedro II deu início ao Segundo Reinado, época de maior estabilidade política e crescimento econômico, mas ainda marcada pelo problema da escravidão. Os autores deste volume analisam a vigência da monarquia brasileira, cercada de repúblicas por todos os lados.
A abertura para o mundo | v.3 | 1889-1930
Lilia Moritz Schwarcz (coordenadora)
Com o fim da escravidão e a deposição de d. Pedro II, o recém-instituído regime republicano gerou enormes expectativas. Findo o trabalho escravo e abertas as possibilidades de acesso à cidadania e inclusão social, havia um desejo premente de alcançar a modernidade, inspirada em modelos civilizatórios europeus. A este cenário junte-se a consolidação de teorias raciais discriminatórias, manifestações sociais de grande porte, impactantes remodelações do espaço urbano e práticas clientelistas. Para dar conta de tamanha complexidade, os autores deste volume traçam um painel de nossa vida política, da sociedade, da economia, das relações internacionais e da cultura.
Olhando para dentro | v. 4 | 1930-1964
Angela Castro Gomes (coordenadora)
O quarto volume tem como marco inicial a Revolução de 1930. Como desfecho, o golpe de 1964. Nesses 34 anos passamos por uma guerra civil, governos constitucionais e a experiência autoritária do Estado Novo; pela Segunda Guerra; o dramático suicídio de Vargas; o desenvolvimentismo de JK e a inauguração de Brasília. Levantou-se a bandeira da modernização e o país tornou-se mais urbano e industrial. Foi o momento da criação e consolidação de partidos políticos, do crescimento do eleitorado. Nacionalismo, democracia, transição demográfica são algumas das palavras-chaves que traduzem esses tempos, ainda tão presentes na cultura política brasileira. Para investigar esse momento tão fundamental, os autores debatem fatos, conceitos e interpretações.
Modernização, ditadura e democracia | v.5 | 1964-2010
Daniel Aarão Reis (coordenador)
Os anos 1960 foram marcantes na história do Brasil. A sociedade se viu entre dois modelos opostos. De um lado, um projeto reformista revolucionário. De outro, o medo da revolução social. Prevaleceu a opção conservadora e instaurou-se uma ditadura civil-militar. De lá para cá, muita coisa mudou, mas o legado de sucessivos governos autoritários ainda permanece em variados aspectos de nossa sociedade. A redemocratização ampliou a cidadania sem que o Estado perdesse o protagonismo. Os anos 2000, embora não tenham resolvido nossas desigualdades sociais, promoveram o encontro das classes populares com o país. Revendo interpretações consagradas, os autores detiveram-se no caráter transicional (e paradoxal) dos eventos desses quase 50 anos de história.