Pedro Jorge Simon (Caxias do Sul, 31 de janeiro de 1930) é
um advogado, professor universitário e político brasileiro. Foi senador pelo
estado do Rio Grande do Sul, filiado ao Partido do Movimento Democrático
Brasileiro (PMDB), entre 1979 e 1982 e por três mandatos consecutivos entre
1991 e 2015.
Pedro Simon é descendente de imigrantes libaneses que chegaram a Caxias do Sul em 1922,
originários de El Kufur, junto com outras famílias como Sehbe, Kalil e David,
todas católicas. Estudou no Colégio Nossa Senhora do Carmo, em Caxias do Sul, e
no Colégio Rosário, em Porto Alegre, onde foi presidente do grêmio estudantil.
Formado em direito pela Pontifícia Universidade Católica do
Rio Grande do Sul (PUCRS) com pós-graduação em Economia Política, sendo também
especialista em Direito Penal, Pedro Simon foi professor da Universidade de
Caxias do Sul (UCS). Em sua vida acadêmica teve passagens pela Sorbonne e pela
Faculdade de Direito de Roma. Graças a sua militância no movimento estudantil,
não apenas fundaria a Ala Moça do PTB em 1945 junto com Leonel Brizola, Sereno
Chaise e Fernando Ferrari, mas ocuparia as funções de presidente da União
Gaúcha dos Estudantes Secundários, presidente do Centro Acadêmico Maurício
Cardoso, presidente da Federação de Estudantes de Faculdades e Escolas
Superiores Católicas do Brasil, presidente do I Congresso de Estudantes de
Direito da América Latina e diretor do primeiro curso de formação de lideranças
sindicais realizado em Porto Alegre, além de ter sido o secretário geral da 5ª
reunião penitenciária brasileira, organizada pelo Governo do Estado do Rio
Grande do Sul.
Em outubro de 1956 foi eleito presidente da Junta Governativa da
UNE, ainda nos idos de sua atuação na Mocidade Trabalhista do PTB.
Presidiu ainda a implementação da Aços Finos Piratini e a
comissão de implantação do III Polo Petroquímico do Rio Grande do Sul.
É viúvo de Tânia Simon (falecida em 1985), com quem morava
em cima da loja de sua família, a Salem, na Avenida Protásio Alves, em Porto
Alegre, do outro lado do extinto Cinema Ritz. Tiveram três filhos: Tiago
estudou Direito na PUCRS e na UFRGS, Tomaz, e Mateus (falecido num acidente em
1984). Hoje é casado com Ivete, com quem teve mais um filho, Pedro.
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Política partidária
Sua estreia na política aconteceu quando filiado ao PTB e
eleito vereador em Caxias do Sul, em 1958, sendo eleito deputado estadual, em
1962. Implantado o bipartidarismo pelo Regime Militar através do Ato
Institucional Número Dois de 27 de outubro de 1965 fez opção pelo MDB, sendo
reeleito deputado estadual em 1966, 1970 e 1974, sendo o mais votado nesta
última.
No MDB, apesar da herança trabalhista, foi um opositor de
Leonel Brizola. Emérito colaborador de Ulysses Guimarães foi presidente do
diretório regional do MDB em seu estado sendo eleito senador em 1978
ingressando no PMDB com a reforma partidária decretada ano seguinte pelo governo
federal.
Na disputa pelo governo do Rio Grande do Sul, no ano de 1982, foi
derrotado graças a divisão de votos entre as correntes oposicionistas
representadas por ele e pelo deputado federal Alceu Collares, então candidato
pelo PDT e assim a vitória coube a Jair Soares, do PDS. Seu candidato ao
Senado, Paulo Brossard, foi derrotado por Carlos Chiarelli, também do PDS, mas
que, posteriormente, fundaria o PFL. A seguir foi alçado a primeira
vice-presidência do PMDB em 1983 e coordenador nacional das Diretas Já em 1984.
Com a rejeição da emenda articulou com seu partido e os dissidentes da Frente
Liberal a formação da Aliança Democrática que elegeu Tancredo Neves e José
Sarney para a presidência e vice-presidência da República em 1985.
Escolhido Ministro da Agricultura por Tancredo Neves foi
confirmado no cargo por José Sarney após o falecimento do primeiro em 21 de
abril de 1985, permanecendo na Esplanada dos Ministérios até o início de 1986
quando renunciou para poder se candidatar ao governo do Rio Grande do Sul em
campanha vitoriosa. Renunciou ao governo do estado em abril de 1990, sendo
substituído pelo seu vice Sinval Guazzelli e seis meses mais tarde foi eleito
senador. De volta à Câmara Alta do país foi coordenador e membro titular da
comissão parlamentar mista de inquérito que levou ao impeachment do presidente
Fernando Collor (CPI do Impeachment) em 1992 sendo escolhido a seguir como
líder do governo Itamar Franco no Senado Federal.
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Foi membro da CPI do
Orçamento (CPI dos anões do orçamento), instituída após denúncias feitas por
José Carlos Alves do Santos. Vice-líder de sua bancada foi reeleito senador em
1998 e chegou a ter seu nome cogitado pelo PMDB como alternativa a sucessão
presidencial de 2002, fato que não se consumou. Em 2006 conquistou seu quarto
mandato como senador, sendo o terceiro consecutivo.
Atuação parlamentar
Senador Pedro Simon fala sobre episódios de violência no Rio
de Janeiro, durante sessão plenária (José Cruz/ABr). Membro titular da comissão mista especial destinada a
estudar as causas estruturais e conjunturais das desigualdades sociais e
apresentar soluções legislativas para erradicar a pobreza e marginalização e
reduzir as desigualdades sociais e regionais. Foi relator da lei nº 8.429, de 2
de junho de 1992, que dispõe sobre o enriquecimento ilícito. Autor do
requerimento de criação e relator da comissão especial destinada a analisar a
programação de rádio e TV do país em 1994 quando membro desta subcomissão.
Autor do requerimento de constituição da comissão parlamentar de inquérito
destinada a apurar as denúncias sobre agentes corruptores (CPI dos
corruptores), em complementação às CPIs do impeachment e do orçamento. Membro
da comissão mista destinada a avaliar o programa nacional de desestatização em
1994. Membro das comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional, Assuntos
Econômicos e Constituição, Justiça e Cidadania. Indicado para as comissões de
Economia, Finanças e Legislação Social.
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Senador atualmente em quarto mandato, pelo PMDB do Rio
Grande do Sul. Em agosto de 2009 discutiu com Fernando Collor de Mello e Renan
Calheiros por conta do apoio a José Sarney na presidência do Senado. Collor
havia lembrado que Simon havia defendido seu impeachment em 1992 e apoiou
Renan.
Ver artigo principal: Eleições estaduais do Rio Grande do
Sul de 2006
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Formação profissional
Bacharel em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito da
Pontifícia da Universidade Católica de Porto Alegre. Curso de Pós-Graduação de Economia Política no Instituto de
Economia da PUC. Especialização em Economia Política e Direito Penal -
Universidade de Paris - Sorbonne. Estudos sobre Direito na Faculdade de Direito em Roma -
Itália. Professor licenciado de Economia Política da Faculdade de
Direito de Caxias do Sul. Professor licenciado de Sociologia da Faculdade de Caxias do
Sul.
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Carreira política
1960 - Vereador e Líder da Bancada do PTB (extinto quando da
criação do MDB e ARENA) em Caxias do Sul (1960-1962).
1962 - Deputado estadual no período de 1962 a 1978, sendo
Líder das bancadas do PTB, MDB e do PMDB.
1978 - Eleito senador da República em 1978 para o período
1979 - 1987, quando participou das seguintes atividades:
1985 - 1986 - Ministro da Agricultura.
1987 - Governador do Estado do Rio Grande do Sul (1987 -
1990).
1990 - Reeleito senador da República com 1.576.664 votos
para o mandato de 49ª e 50ª Legislatura no período de 1991 a 1999, onde
participou de diversas atividades:
1992 - 1994 - Líder do Governo Itamar Franco no Senado.
Membro das Comissões de Educação, Assuntos Econômicos, Assuntos Sociais e
Constituição, Justiça e Cidadania.
1993 - Presidente da Subcomissão do Senado de Análise das
Causas da Impunidade, e como tal, participou da Ação Conjunta dos Três Poderes
contra a impunidade.
1995 - 1997 - Membro das Comissões de Assuntos Sociais,
Relações Exteriores e Defesa Nacional, Assuntos Econômicos e Constituição,
Justiça e Cidadania.
1998 - Reeleito senador da República com 2.485.111 votos
para o mandato da 51ª e 52ª Legislaturas no período de 1999 a 2007:
1999 - 2003 - Membro titular das Comissões de Constituição,
Justiça e Cidadania, Educação e Assuntos Sociais.
1999 - 2003 - Membro suplente das Comissões de Assuntos
Econômicos, Relações Exteriores, Defesa Nacional e Comissão Conjunta do
Mercosul.
2007 - Reeleito senador da República com 1.862.250 votos
para o mandato da 53ª e 54ª Legislaturas no período 2007 a 2015.
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Eleições 2014
Em entrevista gravada pelo programa Dossiê da Globonews no
mês de maio de 2013, que foi exibida julho do mesmo ano, ao ser questionado
pelo jornalista Geneton Moraes Neto, se iria disputar um novo mandato nas
eleições do senado federal em 2014, Pedro anunciou que se retiraria das
disputas eleitorais, quando finda seu mandato em dezembro de 2014, ao completar
85 anos de idade. Com a morte prematura do candidato a presidência Eduardo
Campos (PSB), em um acidente aéreo, no mês de agosto de 2014, o candidato ao
senado do Rio Grande do Sul, Beto Albuquerque, deixa sua vaga em aberto para
concorrer a vice-presidente da república na chapa encabeçada pela então vice de
Campos, Marina Silva, Albuquerque concorria ao senado pelo PSB coligado com o
PMDB no Rio Grande do Sul, Simon a convite da presidenciável Marina Silva,
concorre novamente ao senado para seu quinto mandato consecutivo, apesar do
alerta feito pelo seu médico cardiologista Fernando Lucchese de que não deveria
concorrer novamente.
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