sábado, 14 de outubro de 2017

MULHERES CAMPONESAS DE SC SE REÚNEM E PLANEJAM AÇÕES PARA O PRÓXIMO TRIÊNIO: FEMINISMO CAMPONÊS E AGROECOLOGIA SERÃO PAUTAS PRINCIPAIS DO ENCONTRO



Protagonistas nas lutas históricas por mais direitos, como a aposentadoria e licença-maternidade para as trabalhadoras do meio rural, as mulheres camponesas estão levantando bandeiras importantes na construção de um país soberano, justo e igualitário. Visando planejar os rumos de atuação e construir ações para enfrentar os desafios nos próximos anos, o Movimento de Mulheres Camponesas de Santa Catarina (MMC) realizará nos dias 21 e 22 de outubro, no pavilhão da EFACIP em Pinhalzinho, a XIII Assembleia Estadual do MMC-SC.

Camponesas e lideranças de todo o estado são aguardadas para debater o tema “Feminismo camponês” e o lema “Mulheres e agroecologia no campo e na cidade”. Representando a coordenação estadual do MMC, Noeli Taborda explica que o encontro é fundamental para juntas construírem estratégias de enfrentamento à retirada de direitos e também de defesa da vida e da natureza.

“O Feminismo camponês é para nós um projeto de sociedade que além de tratar a mulher com igualdade, respeitando suas formas de viver e combatendo todos os tipos de violência, também se preocupa com a construção de um projeto de agricultura agroecológica que cuida e preserva o ambiente, enfrentando o sistema capitalista hoje representado no campo pelo agronegócio. Para nós é um caminho de transformação de uma sociedade capitalista e patriarcal para uma sociedade humana, justa, igualitária e solidária entre todos os seres vivos”, afirma.

Há 34 anos, o MMC de Santa Catarina une trabalhadoras do campo em busca de qualificação, geração de renda e emancipação. “É uma escola onde nós mulheres agricultoras aprendemos a sair da sombra do homem, das autoridades, dos poderosos, a sair do anonimato e nos encontrar enquanto ser mulher”, destaca a camponesa e pedagoga Justina Cima, também da coordenação do Movimento.


De acordo com a dirigente, a atuação no Movimento desafia as mulheres do campo a se construírem como lideranças e a defender grandes causas. Entre eles a luta contra a retirada de direitos, como o pacote de maldades que afetam diretamente as mulheres do campo. “A reforma da previdência será um grande golpe às trabalhadoras camponesas, que terão que trabalhar ainda mais sem garantia de aposentadoria; assim como o PEC do teto dos gastos reduzirá investimentos na educação e na saúde, atingindo em cheio as nossas famílias”, enfatiza.

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